segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Bloco da Tristeza passou...

por agenciafotografia
Nem só de momentos bons vivem os carnavais pelo Brasil afora, infelizmente. Ontem a região aqui do Sul de Minas Gerais foi surpreendida com uma tragédia que abalou a nós e a todo país, que acompanhou pela televisão essa bárbara e desoladora notícia.

Todo mundo na folia, sorrindo e de repente,  na ingenuidade, alguém atira uma serpentina metalizada que atinge um fio de média tensão e, em 15 segundos, todos os sorrisos se transformam em gritos de desespero, lágrimas e mortes.

17 mortos confirmados e aproximadamente 50 feridos. Lamentável, números que não precisariam existir. Mas vamos reclamar com quem? Com Deus? Não, não adianta. Apesar da certeza da morte que todos temos, a forma com que ela acontecerá não podemos prever.

Que as pessoas que sofrem agora com a perda dos que se foram tão cedo encontrem forças para continuar a viver e, quem sabe, sorrirem de novo em outros carnavais. Mudar o que aconteceu é algo que não temos o poder de fazer, o que está ao meu alcance é tornar pública a minha indignação com a vida, que se transforma em morte assim, tão rápido. Felizmente, ninguém que eu conheço sofreu as consequências deste acidente, mas quando as proporções de uma tragédia chegam a tal ponto, é como se tivessemos perdido pessoas conhecidas.

As cidades de Bandeira do Sul, Botelhos, Caldas, Poços de Caldas, Poço Fundo e Campestre assistiram a lamentável passagem do Bloco da Tristeza, que deixou de lado a folia e trouxe o luto dos que sofreram direta e indiretamente com a tragédia.

Não podemos nos esquecer também das pessoas que, de alguma forma, contribuiram para que as proporções dessa tragédia não fossem ainda maiores. Obrigado a todos os orgãos ligados as áreas de saúde e segurança pública (SAMU, Polícia Militar, Defesa Civil, Hospitais, etc.).

Um pedido a você, vida: não me dê notícias e acontecimentos como este no meu próximo aniversário. O Carnaval vem aí! Com o amargo gosto do luto

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Poesia Concertante na Noite Independente

No programa Radiola Cultural / por @tokinhozinho
Olá pessoal! Essa semana recheada de coisa legal para nós da Poesia Concertante. Ensaios exaustivos as nove da manhã, participação em programa de rádio e televisão e, por fim, o que causou isso tudo: a Noite Independente, que aconteceu no último domingo (20).   

Na rádio, participamos do programa Radiola Cultural (foto ao lado), sob o comando da Flávia Araújo (@flaviaaraujomg), que vai ao ar de segunda a sexta, das 20h00 às 22h00 pela Rádio Cultura de Poços de Caldas. O programa tem um formato bem legal e diferente, com músicas pouco comuns de se ouvir em rádios comerciais na playlist. Além de nós, esteve lá também Pedro Cezar (ou Pedrinho), para falar sobre o Coletivo Corrente Cultural e sua última ação, na qual fomos uma das atrações. Foi muito legal estar na rádio, tivemos a oportunidade de falar sobre o nosso trabalho e tocar algumas músicas com violão, voz e flauta. O mais engraçado era que o Ivan (baixista do grupo) não queria falar nem por decreto, mas conseguimos tirar algumas palavrinhas dele: "Um pouco de jazz, fusion...", foi isso o que ele falou quando fomos perguntados sobre as influências musicais (risos). Outra coisa legal foi ter o feedback dos ouvintes, que gostaram do nosso som e nos elogiaram. 

No dia seguinte estive no Jornal do Meio Dia, da TV Plan, com apresentação da grande figura Roberto Tereziano, que é também um grande historiador da nossa cidade. Há algum tempo sou admirador do programa pelo jornalismo sério e transparente que eles fazem e pela interatividade: a opinião dos telespectadores é realmente lida e sempre geram debates na bancada. Novamente estava lá o Pedrinho - pra falar sobre a Noite Independente e sobre o Grito Rock (que ocorrerá em março durante o Carnaval) - e o Anderson Loro, guitarrista e vocalista da banda Capitão Vinil, que também fez parte da programação do evento. Foi um bate papo bem descontraído, e também tivemos uma brechinha pra falar sobre nosso trabalho e tocar nossas músicas. 

Foto por @leozaneti
Pra fechar com chave de ouro, a culpada por toda essa semana movimentada que tivemos: a Noite Independente. Pra você que não sabe, o evento é uma realização mensal do Corrente Cultural em parceria com o New York Pub que acontece desde março do ano passado com o objetivo principal de abrir espaço para a música autoral. Junto com a gente, tiveram as bandas: Festenkois (Belo Horizonte) e a Capitão Vinil. Além as atrações musicais, tivemos também poemas de Alison D e fotografias de Lívia Miranda, que foram expostos no já tradicional Varal da Arte.

Foto por @leozaneti
Fomos a primeira banda a se apresentar, e a sensação nao poderia ser melhor, estavamos em cima de um palco para mostrar o nosso trabalho, aquilo que criamos, que parimos. Começamos com "A Minha Timidez", que é, basicamente, um áudio-retrato meu. Nós todos fizemos o show felizes e conseguimos passar a nossa mensagem pra quem estava lá. Ouvi algumas opiniões sobre o nosso show...as que eu ouvi, felizmente, foram positivas, é sinal que o nosso empenho em criar nossas músicas, arranjos e sentimentos estão dando certo. Fiz questão de ter nessa postagem a opinião de alguém que já acompanha nosso trabalho há um bom tempo e já deu as caras aqui no nosso blog, a Pâmela Andrade. Olha só que legal o que ela disse: "Mais uma vez a Poesia Concertante fez bonito! Parabéns a todos da banda que se dedicaram para ter esse show maravilhoso. Sou muito suspeita para ficar falando, pois sou fã e amo todas as musicas!" 

O reconhecimento de quem acompanha o nosso trabalho é o que mais nos motiva a não parar de seguir neste caminho. A Pâmela representa nesta postagem as pessoas que acreditam na gente. Se você faz parte desse grupo de pessoas, o nosso muito obrigado; se não, conheça o nosso trabalho, quem sabe você passa a pensar como elas? Te convido a acompanhar nosso blog, nossos shows, nós! 

Obrigado ao Corrente Cultural, por mais uma vez nos dar a oportunidade de mostrarmos nosso trabalho e por estar revolucionando a cultura de Poços; ao NY Pub, por abrir suas portas e acreditar na ideia; ao público, que se deram a oportunidade de abrir a parte musical da cabeça mais uma vez para coisas novas; e a você, que está aqui, dedicando seu tempo na leitura do nosso blog.

Espero que tenham gostado de saber como foi a nossa apresentação na Noite Independente de fevereiro. Pra nós foi, mais uma vez, único e importantíssimo este espaço. Aguardem por novidades da Poesia Concertante em 2011, estamos acreditando cada vez mais na nossa música e em breve teremos surpresas para apresentar pra vocês. Um grande abraço para vocês, leitores!


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Manos mudando mentes, morô?

da esq. p/ dir.: DJ Rodrigo, Renan e Pop Black - Inquérito
Câmara Municipal de Poços de Caldas, um lugar repleto de políticos e alguns raros representantes da população acompanhando as discussões. Agora pensem: um grupo de rap lançando um clip e fazendo um pocket-show nesse lugar... Isso não é só quebrar tabu, é massacra-lo! Quem protagonizou isso foi o Inquérito, de Campinas - SP.  O grupo, formado por Renan Inquérito (MC e letrista), DJ Rodrigo e Pop Black (MC e backing vocal) tem 13 anos de uma estrada repleta de conquistas, entre elas o Prêmio Hutuz - maior premiação do rap nacional. A discografia conta com três trabalhos: Mais Loco que u Barato (2005), Um Segundo é Pouco (2008) e Mudança (2010). O último disco vem rendendo bons frutos em pouco tempo e é pra começar a colhê-los que o trio deu as caras na nossa terrinha.

Capa do disco Mudança (2010)
A música "Um Brinde", presente no último trabalho do Inquérito trata de um assunto muito presente em nossas vidas, direta ou indiretamente: o alcoolismo. O legal é que não é só mais uma música falando do assunto: os caras do grupo fizeram do clipe uma campanha contra esse mal. Foram escolhidas 170 cidades para fazer parte do lançamento oficial do clipe, e nós fomos contemplados em poder beber  essa dose de conscientização. Vale lembrar que as proporções dessa campanha são bem maiores, o clipe será veiculado em cinco países: Guine Bissau, Cuba, Estados Unidos, Portugal e Inglaterra.

O clipe foi dirigido (e muito bem dirigido) por Vras77 e passa por indústrias de cana-de-açúcar, bares e problemas sociais causados pelo álcool como uma bebida. Fatos curiosos aconteceram durante a produção do clipe, como um acidente grave de trânsito enquanto iam para a locação fazer gravações. O resultado final do clipe é maravilhoso e trágico ao mesmo tempo, pelas imagens e pelas estatísticas apresentadas. Imagine você que enquanto você assiste o clipe, 14 pessoas morrem no mundo por conta do álcool, seja em acidentes, brigas ou doenças.

Renan Inquérito em Poços de Caldas, por @tokinhozinho
O rap nacional vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil, tendo seu valor merecidamente reconhecido por conta de representantes do estilo e da cultura hip-hop que realmente fazem a diferença, como é o caso do Inquérito.

Meus sinceros parabéns para o grupo pela iniciativa e pelo projeto do clipe; a Câmara Municipal que cedeu o espaço e apostou nessa parceria; a Jéssica Balbino pela correria para que isso acontecesse e a todo pessoal do rap de Poços de Caldas: Uclanos, Leopac, China, DJ Dunha, Elementos, enfim, todos aqueles que fazem do rap uma arte admirável em Poços de Caldas.

Confiram o clipe fresquinho da música e constatem que todo sucesso dessa produção é merecidíssimo, por todo empenho e profissionalismo com que foi feito. Apreciem sem moderação:


Você gosta de tomar sua cervejinha com os amigos, um uísquinho, uma pinguinha, vodka? Tudo bem, ninguém quer que você pare de fazer o que gosta, até porque cada um sabe o que faz. O xis da questão é que você tenha consciência de seus atos e não saiam por aí engordando cada vez mais estatítiscas como essas.

Grupo Inquérito
Site oficial: http://www.grupoinquerito.com.br/
e-mail: contato@grupoinquerito.com.br
Tel.: (35) 9160 - 3755
Twitter: @RENAN_INQUERITO, @POPBLACK7, @DJINQUERITO_ e o oficial @grupoINQUERITO

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Mais que um fotógrafo, um artista.


Quem nunca sentou na sala num dia qualquer com o pai, mãe e irmãos pra ver as fotos da família que ficam guardadas naquelas dezenas de álbuns? Aqueles álbuns - e as fotos - eternizam momentos, pessoas, lugares e sensações. Existem pessoas (como eu) que acreditam que a fotografia é muito além de um registro, é uma arte das mais puras e belas. Há os que tiram fotos casualmente, pra brincar; e há os que saem por aí procurando imagens pra serem eternizadas, acima de tudo com profissionalismo e sensibilidade. Aliás, a sensibilidade, na minha leiga opinião, é algo essencial para quem quer fazer boas fotos.

Depois da minha entrada para o Coletivo Corrente Cultural tive a oportunidade de conhecer pessoas de várias áreas, entre elas a fotografia. Dentre essas pessoas, a que mais se destacou pelo seu trabalho foi Léo Zaneti, um poçoscaldense de 21 anos, que mora em atualmente em São Paulo e cursa Rádio e TV lá na terra da garoa. O que mais me causa espanto é saber que ele é autodidata na fotografia, aprendeu tudo na raça, pesquisando, estudando e fotografando. Como forma de mostrar minha admiração pelo trabalho dele, resolvi fazer essa entrevista com ele pelo MSN pra que vocês saibam mais um pouquinho desse artista aqui da terrinha. Falamos, obviamente, sobre ele e a fotografia mas também falamos de música, foi um papo bem legal, espero de coração que vocês gostem do que vão ler em seguida.


O que é pra você a fotografia?
Eu poderia fazer uma resposta bonitinha ou usar frases feitas, mas a fotografia é algo tão maior e tão simples, que não tem como explicar. É simplesmente algo que gosto de fazer, ver e estudar (não necessariamente nessa ordem).

Quando foi que você começou a levar a sério o ato de fotografar?
Quando eu ganhei o Concurso da Semana de Fotojornalismo (em setembro de 2009), da USP. Aí caiu a ficha que era algo que eu gostava mesmo e levava jeito.

"Voguelândia", a foto que você ganhou o concurso, é maravilhosa! Dá pra contar um pouco mais sobre ela?
Então Tokinho, ela tem uma história bem legal, mas é meio grande (risos). Na semana de fotojornalismo rola uma saída fotográfica e depois com as fotos da saída rola um concurso. Estávamos no Anhangabaú e eu vi um gari-anão (!!), achei bem inusitada a cena (risos). Fui perguntar pra ele se eu poderia fotografá-lo e ele disse que tinha problema caso o superior dele visse. Perguntei se eu tirasse a foto de longe, se teria problema; ele disse que não. Andei pra trás, tomando uma distância para fazer a foto e não percebi que entrei no meio de uma rodinha de mendigos sentados no chão. Fiz a foto do anão e só aí percebi que os mendigos estavam mexendo comigo: "Olha o fotógrafo!", "Tira uma foto minha também então!", etc. Nisso esse homem da foto veio e pediu que eu tirasse uma foto dele com a mulher da revista. Na hora bati o olho e percebi o contraste de uma revista de moda e um mendigo. Fiz uma foto para mostrar pra ele, que aparecia o rosto dele e a revista, e fiz uma para mim, que é essa que ganhei o concurso.

"Pin up"
O que você mais gosta de fotografar e porque?
Eu gosto muito de fotojornalismo, a idéia de estar aonde as coisas acontecem e passar sua visão dos fatos para as pessoas é bem interessante. Gosto muito também de fotografia de shows e bandas, talvez porque a música sempre esteve presente na minha vida; tocava bateria mas hoje não toco mais. Ultimamente fotografar garotas está me interessando muito também.

Fotografar garotas? Esperto você, hein?
É algo profissional (risos).

Você falou aí que já foi baterista, aproveitemos o gancho (risos). Conta aí, como foi e como é hoje a sua relação com a música?
Eu tinha uma banda que tocava pop-rock, era bem legal e eu me divertia muito tocando. Fui morar em Campinas e depois em São Paulo, a vocalista foi morar em Santos...infelizmente a banda teve que acabar. Aqui tentei continuar a tocar, montando outra banda, mas não deu certo. Aos poucos desisti de tocar (risos). Hoje em dia a maioria dos meus amigos são músicos. Sempre estou indo a shows, seja a trabalho ou não.

Nós artistas no espelhamos muito em nossos ídolos. Qual são os seus na fotografia?
Não sou muito de guardar ídolos e nomes, mas um que veio na cabeça agora foi o Claudio Edinger. Conheci o trabalho dele na Semana de Fotojornalismo. A palestra dele foi sensacional, ele conseguiu passar o amor que ele tem pela fotografia e mostrou o trabalho dele que é lindo. No meu blog* tem falando sobre a palestra e sobre ele.

Muito obrigado pela entrevista, Léo! Espero que tenha sido tão legal pra você quanto foi pra mim esse bate papo. Deixa um recado pra quem lê o blog da Poesia Concertante.
Obrigado você pela idéia de me entrevistar, isso mostra que meu trabalho está chamando atenção e interesse das pessoas cada vez mais. Espero muito sucesso pra banda, que faz um som diferenciado e bem interessante também! Abraços!
Link da postagem sobre Cláudio Edinger, no blog Fotografe Também: http://fotografetambem.com/2010/07/01/claudio-edinger/

"Paisagens por onde passo..."

Gostaram da entrevista pessoal? Espero que sim, porque eu gostei muito, muito mesmo! Desde que conheci o trabalho do Léo, passei a admirar. Agora que vocês conheceram, tenho plena certeza que não vai ser diferente.

Se quiser conhecer um pouco mais sobre o trabalho dele, acesse: http://www.flickr.com/photos/leozaneti/.
Caso queira ter ótimas dicas de fotografia, acesse o blog http://www.fotografetambem.com/ ou entre em contato diretamente com ele por e-mail: leozaneti@yahoo.com.br. Pelo que eu conheço ele, posso afirmar que ele vai ser atencioso e vai esclarecer suas dúvidas.

Grande abraço e não se esqueçam dos comentários.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

11 de fevereiro de 1963, há exatos 48 anos...

Da esq. p/ dir.: George, John, Ringo e Paul / Fonte: Google
Já ouviu falar dos Beatles? Tenho plena certeza de que sua resposta é sim! Se for não, tenho que começar a acreditar em extraterrestres, porque com certeza você não vive nesse mundo. John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr fizeram história na música mundial. "Somos mais populares que Jesus Cristo". Se hoje em dia essa frase causaria uma polêmica danada, imaginem só na década de 60? Essa fala de Lennon rendeu  boicotes de excecução de suas canções nas rádios e uma fogueira onde os discos da banda foram queimados publicamente. É, os caras tinham consciência do sucesso que faziam (e fazem). Talvez possamos afirmar mesmo que a fama do quarteto chega muito perto de atingir esse patamar.

Vocês sabiam que no dia 11 de fevereiro de 1963, há exatos 48 anos, o quarteto estava gravando seu primeiro álbum? Pra falar verdade eu não sabia também, mas o Google me deu essa informação quando digitei a data em seu campo de busca.

A banda já tinha gravado quatro canções anteriormente que faziam parte de dois singles, porém, naquela época os discos geralmente tinham 7 músicas de cada lado, totalizando 14. Era preciso gravar mais 10 músicas. Assim começou o processo de gravação do álbum "Please Please Me". O registro foi feito no famosissimo Abbey Road Studios com a ajuda do produtor George Martin. Nove horas e quarenta e cinco minutos foi o tempo necessário para gravar o disco. Bem rápido, né? Foram três sessões de gravação no dia e o registro soava como se eles estivessem no Cavern Club se apresentando ao vivo. Foi tudo gravado em apenas dois canais (um para os instrumentos e outro para as vozes) e o dia de gravação custou por volta de £400.

The Beatles no Cavern Club, em 1962 / Fonte: Google
Das catorze músicas, seis não eram dos Beatles, entre elas "Twist and Shout" (Phil Medley e Bert Russell) que foi o maior sucesso do disco, chegando a alcançar o segundo lugar nas paradas de sucesso no mesmo ano de lançamento e vendendo 1 milhão de cópias. Uma curiosidade sobre esta gravação: John Lennon, que fez os vocais principais na gravação, estava gripado e utilizando pastilhas para a garganta. Ao invés de atrapalhar, isso acabou fazendo com que ele tivesse uma lendária perfomance, com um pouco de rouquidão. Além desse hit que perdura e perdurará por gerações, o disco ainda contava com "Love Me Do" e "P.S. I Love You", de Lennon e McCartney. Muitos anos depois, em 2003, a renomada revista especializada em música Rolling Stone listou o álbum na 39ª posição dos 500 melhores álbuns de todos os tempos. As canções "I Saw Her Standing There" e "Please Please Me" apareceram na lista das melhores músicas de todos os tempos, em 130º e 184º, respectivamente. Além dos quatro Beatles, participaram do disco o produtor George Martin tocando piano; e Andy White, tocando bateria em "Love Me Do".

Capa de Please Please Me (1963)
Uma curiosidade sobre a capa do disco é que o produtor era completamente encantado pelo Zoológico de Londres e queria que a foto da capa fosse tirada lá, em frente a Casa de Insetos, porém não foi permitido que o fizesse. Por isso, decidiu-se que os quatro posariam para a foto nas escadarias do prédio da EMI. O registro foi feito pelo fotógrafo Angus McBean.

E aí, gostaram da postagem? Espero que sim, e que ela sirva como uma homenagem a esta que será sempre considerada - por mim e por boa parte do mundo - a maior banda de rock de todos os tempos. Beatles não é como as modinhas que surgem hoje em dia, prova disso é o sucesso que continuam fazendo até hoje.

O tempo passou e hoje não é tão fácil assim achar o vinil pra ouvir e os CDs (quando são encontrados) são muito caros. Isso nos obriga a rendermos aos recursos da internet para ouvir. Clique aqui e baixe o disco.

Não se esqueçam de comentar para que assim eu saiba o que vocês estão achando do que eu estou postando, certo? Grande abraço a todos e até a próxima postagem.

Fonte de pesquisa: Wikipédia.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Licença Poética - Lançamento do CD

Foto por Paulo Henrique Dias / @PauloHSDias
Há algum tempo eu tive uma banda chamada LP 75, que durou cinco anos. Depois de várias formações, o que ficou mesmo foi um trio, onde eu tocava baixo, o Douglas dava suas baquetadas e o Júnior cantava, compunha e era responsável pela guitarra e distorções. Éramos uma típica banda de garagem, daquelas onde amigos acham que vão mudar o mundo com a sua música. Nós nos divertiamos muito com as nossas músicas, que sempre foram prioridade. Dá pra contar nos dedos de "uma mão e meia" as vezes que nos apresentamos, mas foi uma escola e tanto pra todos nós, musicalmente falando e como pessoas também. O tempo passou, a banda acabou e dela acabou surgindo por iniciativa do vocalista um outro projeto, chamado Licença Poética - que coincidentemente tem as mesmas iniciais da nossa antiga banda.
 
O projeto foi tomando forma, e desde 2007 o grupo está trabalhando exclusivamente em seu trabalho autoral, que foi consolidado com a gravação e lançamento de seu primeiro CD, batizado de "Abre Aspas". O lançamento aconteceu no último dia 3 pelo projeto Encarte Musical, que abre espaço mensalmente para que bandas da cidade mostrem seu trabalho.

O show foi, infelizmente, marcado por problemas técnicos de som e isso acabou decepcionando os músicos, obviamente. Porém, a banda merece total mérito por ter tido coragem de terminar o show, mesmo com todos os problemas ocorridos. Eles conseguiram segurar o pessoal, inclusive satirizando a situação. Tudo fica mais fácil quando o clima entre músicos e platéia é de intimidade.
Foto por Paulo Henrique Dias / @PauloHSDias
Mesmo no meio de todo aquela pressão que as falhas técnicas trouxeram, sobrou espaço para uma participação minha no show cantando "O Dia Nasce Outra Vez", pra relembrar os velhos tempos de banda (foto ao lado). No momento em que eu estava no palco cantando uma música tão importante pra nós, eu não queria nem saber dos problemas no som, só queria passar pra quem tava assistindo um pouco do que a gente sentia há alguns anos atrás, espero que tenha conseguido.

Bom, voltemos a falar sobre o primeiro álbum da banda: "Abre Aspas". O disco foi gravado durante o ano de 2010 de forma independente. Gravação, capa, enfim, toda correria foi feita pela banda que conseguiu também alguns apoios para que o trabalho se realizasse. São 14 músicas, todas de autoria da banda. O primeiro trabalho da Licença Poética passeia pelo rock, MPB, e tem uma leve pitada de samba na música "Samba-se a Saudade", que tem uma levada bem peculiar, com baquetadas firmes na bateria, efeitos de guitarra e arranjos de sopro.

Eu participei das gravações do CD também, e vocês podem ouvir minha voz na música "O Mundo Aos Meus Olhos", que tem um clima de alegria nos arranjos que é bem legal. Vale a pena ouvir o disco inteiro e conferir o trabalho de mais uma banda que acredita e investe naquilo que cria, naquilo que vem de seus próprios corações. As músicas estão disponíveis para audição e download no Palco MP3 da banda, confiram e tirem suas  conclusões.

Foto por Tokinho Carvalho / @tokinhozinho

Quer adiquirir o CD e dar uma força para uma banda independente? Entre em contato com eles através do e-mail licenp@gmail.com.

Espero que tenham gostado da postagem, pessoal! E lembrem-se que os comentários são necessários para que nós blogueiros saibamos se quem visita o blog está gostando ou não do que está lendo! Comente!