segunda-feira, 25 de julho de 2011

Simplicidade e intimidade...


Foto por Thaisa Lima

Simples e íntima, foi assim a minha apresentação no último sábado (23) na Companhia Bella de Artes. Toda simplicidade e intimidade é por conta do formato que me apresentei: em voz e violão. Foi a primeira vez que fiz um show autoral sozinho no palco, e foi uma experiência bem legal. As minhas músicas são compostas assim, e isso é o que deu o caráter intimista ao show.

Foto por Thaisa Lima
Prender a atenção das pessoas à uma coisa que elas nunca viram na vida é sempre complicado. Mas o que eu senti foi que todos deram atenção ao que eu estava tocando e cantando. Uns mais, outros menos, mas deram. Quando faço esse tipo de show, dedicado exclusivamente ao meu trabalho autoral, costumo conversar com o público. Conto a história de cada música, o que me inspirou a compor, além de compartilhar coisas minhas pra tentar fazer elas rirem. Apesar de não ser um show de comédia, eu acho que o riso ajuda a quebrar o gelo e me deixar mais próximo do público que me assiste.

A única parte não autoral do show foi o momento em que eu toquei um trecho da música "Abismo de Rosas", de Américo Jacomino. Essa música tem uma história importantíssima na minha vida, pois foi a primeira que aprendi no violão. Meu pai, quando decidiu me ensinar a tocar, me ensinou ela do jeito que ele havia aprendido há muitos anos atrás. Tenho lembranças de quando a gente sentava na horta de casa e ele me ensinava trecho por trecho até que eu o deixasse feliz por ter aprendido a tocar a primeira parte. É uma música composta exclusivamente para violão. Muito bonita, se você que está lendo não conhece, eu recomendo.

Assim foi minha apresentação, espero que eu tenha conseguido passar um pouco da alegria que eu senti. Em breve, eu e a Poesia Concertante nos apresentaremos lá em um show que prometemos que será marcante, tanto pra nós quanto pra quem for assistir.

Marina de Andrade, presidente da Cia. Bella / Foto por Élvio
Muito obrigado a Flávia Granato, do Coral Lá di Minas, por ter confiado em mim para abrir a noite; ao Élvio, pelo esforço para deixar tudo certo com o som; Marina, presidente da Companhia Bella de Artes, por manter as portas sempre abertas ao meu trabalho; a Thaisa Lima e a Rejane Catão, por terem ido com toda boa vontade do mundo e me fotografarem e a todos que compareceram.

Confira dois vídeos que foram feitos da minha apresentação. As músicas são Rua da Ilusão e Parafernália.




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sorria, você está sendo filmado!

               

Desenlace
(Tokinho)

O sonho é real,
Depende do ponto de vista
O sucesso é banal,
Depende da obra do artista
O medo amedronta só quem se deixa amedrontar
E o silêncio só vai existir
Quando ninguém mais quiser cantar

O beijo acontece,
Depende da sua conversa
O tempo é curto,
Depende do tamanho da pressa
A calma resolve os problemas que podem esperar
E os acertos só vão ser possíveis
Enquanto houver chances de errar

Tudo depende de nós
E dos caminhos que escolhemos seguir
As escolhas que fazemos vão interferir
No desfecho da nossa história
No final feliz ou não

O abraço conforta,
Depende da sua pureza
A música acalma,
Depende da sua leveza
O amor alimenta até quem não sabe o que é amar
E o final de uma história
Só vai depender de como começar

Tudo depende de nós
E dos caminhos que escolhemos seguir
As escolhas que fazemos vão interferir
No desfecho da nossa história
No final feliz ou não


(Letra e música por Tokinho)

Foto por Jéssica Balbino
Bom, pessoal...essa é uma das minhas mais novas filhas, espero que tenham gostado. Como todo filho, escolher um nome é uma das partes mais difíceis, talvez até mais difícil do que parir (no caso, compor). Tinha batizado ela como "O Desfecho Dependente", mas achava que esse nome não soava bem. Enquanto eu não conseguisse um nome mais apresentável, deveria esperar um insight, uma ideia. A filmagem foi feita no sarau "Poesia de Ninguém", promovido pelo Coletivo Corrente Cultural - o mesmo que eu citei na postagem anterior. Eu não sabia que estava sendo filmado enquanto apresentava a canção para os presentes, mas a poeta e estudante de arquitetura Crys Marques tinha apertado o REC. Ela me mostrou o vídeo e durante a conversa eu comentei que não gostava do nome que eu tinha dado. Ela disse: "Essa música tem cara de...Desenlace". Procurei o significado exato da palavra e vi que ela era o mesmo que desfecho, final. Ou seja, se encaixou perfeitamente no que a música diz. Muito obrigado a Crys, pelo batizado da minha filhinha e pela filmagem, que ficou muito boa!

Quer conhecer o maravilhoso trabalho da Crys Marques? Clique aqui e visite o blog "Os Singulares".

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Canção Para a Vida

Fonte: Google Imagens

Sei que o amanhã chegará
De qualquer maneira
Como uma valsa a embalar
O que quer que seja
Faça-me o favor...

Dance, alcance o que quiser
Mesmo que contra a maré
Não se canse, encante a quem puder

Nunca seja irrelevante
Leve essa canção adiante
Mesmo que o mundo pare de cantar
Mesmo que a vida pare de encantar

Faça-me o favor...

(Letra e música por Tokinho e Júnior Veiga)

Como nasceu?
A música foi escrita ontem no final da tarde e parceria com o meu amigo e ex companheiro de banda, Júnior Veiga. Juntos, formávamos a LP 75, minha primeira banda que me ensinou muito do que sei hoje. Nos reunimos para trocar músicas e ideias antes de ir para o sarau "Poesia De Ninguém", promovido pelo Coletivo Corrente Cultural. Acorde vai, acorde vem resolvemos tentar escrever uma música juntos. Assim, de uma hora pra outra. Ele inventou uma harmonia e começamos a criar frases até terminarmos a música. Achei o resultado bem legal, fizemos coisas legais com as vozes, alternando e sobrepondo-as em certos trechos. A letra refere-se a vida como se fosse uma dança, uma canção. O arranjo inicial da música é para violão e escaleta, que é executada por mim. Tocamos ela no sarau e, pelo jeito, o pessoal gostou. Em breve vou tentar disponibilizar o áudio da música aqui no blog para vocês ouvirem, okay? Enquanto isso, comentem o que acharam da letra.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Confissão

Fonte: Google Imagens

Não quero ter a minha inspiração presa entre quatro paredes.
Nem sorrir aonde não me sinto em paz,
Muito menos chorar onde não me sinto triste.

Quero recriar boas lembranças,
E vivê-las como se fossem presentes.
Feito um papel em branco a ser preenchido

Talvez o céu reflita o que eu preciso:
Um sorriso, ou um abraço sincero.


Escrito por Tokinho e Adriano Mota "Drico" em 5/7/11.