sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O dia que meu dia começou bem!

O Manancial (Festival Estudantil de Música Independente), promovido pelo Coletivo Corrente Cultural, está em contagem regressiva para sua segunda edição, que acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de outubro. Como parte de divulgação do festival, uma equipe do coletivo visita as escolas para falar com os alunos sobre o evento e, de quebra, apresenta o trabalho de um artista local. Hoje, dia 16 de setembro de 2011, foi a minha vez de mostrar meu trabalho, no Colégio Municipal Dr. José Vargas de Souza.

Foi um show curto, de pouco mais de meia hora, porém intenso e emocionante pra mim. Foi a primeira vez que eu encarei alunos numa intervenção musical durante o recreio. Eu estava nervoso, pois não tinha a menor ideia de qual seria a reação deles com o meu trabalho. Pra quebrar o gelo, antes de qualquer acorde eu disse: “Espero que role uma identificação de vocês com o meu som e do meu som com vocês!”. Fim da primeira música e...aplausos. A partir dali, a coisa fluiu naturalmente e eu já estava tranquilo, me sentindo em casa.

Apresentei composições antigas e novas, entre elas uma música que ainda não tinha um nome definido e eu pedi que as pessoas ouvissem e, se quisessem, me dessem sugestões para o batismo da canção. E não é que no fim do show, enquanto eu desmontava as coisas tive uma surpresa? Uma menina, super simpática diga-se de passagem, veio dizendo: “Moço! Eu e minha amiga temos um nome pra sua música! A gente ouviu e acha que o nome pode ser ‘Simplesmente Vida!’”. Eu fiquei tão feliz com a situação que não pude deixar de dizer outra coisa que não fosse “Tá bom, esse é o nome da música!”. Ela sorriu, aparentemente feliz e eu pedi um abraço pra ela, como forma de agradecer pela atenção e carinho com o meu trabalho.



Aliás, o pós-show foi legal demais! Deu pra bater um papo com o pessoal, recebi elogios, incentivei o irmão de um amigo a montar uma banda, vi o filho de uma amiga, enfim. Foi tudo muito bom! Muito obrigado ao Corrente, principalmente o Pedrinho, Diego Ávila e Thaís Helena, que estavam por lá dando uma força; aos alunos, que me receberam com um carinho inexplicável e a diretoria da escola, por ter aberto espaço para tal.

Olha só que legal o que três alunas disseram sobre o show:

“Foi muito bom, tenho certeza que todos gostaram, assim como eu. Essa voz doce e calma, super gostosa de ouvir junto com as letras super bonitinhas, uma ótima combinação. Como sempre mandando muito bem, né? Você tem um futuro com muito sucesso pela frente ainda, tenho certeza disso! Espero poder estar em muitos shows seus! Parabéns!”

Julia Alice, 16 anos, 2º ano E

“O show foi ótimo , deu uma super animada no nosso recreio. A maioria gostou, teve até professor comentando. Foi uma coisa super inovadora, que deu um 'up' no recreio e por mim tinha toda semana um show desses.”

Bruna Maria, 16 anos, 2º ano E

"Parabéns! As músicas são muito legais! Muita gente estava até chorando do meu lado! E foi muito bom ter musica ao vivo na escola. Espero que apareça por lá mais vezes.” 

Kamila Stach, 13 anos, 8º B

domingo, 28 de agosto de 2011

Palavras suas que são minhas #6

Fonte: http://www.flickr.com/

Cada ser é exclusivo, em todos os sentidos da palavra.
Cada língua sente de uma forma
o mesmo gosto amarulento da desilusão.
É preciso se limar,
Para que a ascensão venha de forma mais natural;
Voltar a ser criança,
pintar a vida de guache.
Cores vivas, misturas.
Imaginar é o melhor caminho,
Assim o duelo que temos com nós mesmos
dia após dia não fica tão cansativo.
A vida é malina, prega peças.
Consubstanciar, unir, fundir e difundir.
Manter sempre a nossa insaciedade,
isso é sinônimo de sensatez,
E somos lúcidos, até que provem o contrário.

Como nasceu?
Propus no Facebook que cada pessoa apontasse aleatoriamente palavras no dicionário e postassem suas "escolhas". Escrevi um texto usando-as na ordem em que foram postadas, com exceção das palavras amarulento e desilusão, que estão em ordem invertida. Treze pessoas colaboraram com mais essa "poesia colaborativa", que é a sexta da série Palavras suas que são minhas.

Palavras sugeridas por: Fabio Moras, Marcela Souza, Camila Alves, Roana Mello, Danielly Luengo, Fabiana Telini, Grace Figueiredo, Sofia Facci Inguaggiato, Amanda Rodriguez, Valquiria Rosa, Kátia Aparecido, Talita Rossi, Rafael Santos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Peça do Caráter

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2010/05/102_1736-blogquebra.jpg
O constante decrescer do caráter faz do homem um ser insignificante, inanimado. Seu jeito de viver é mentiroso, e tudo que sai de sua boca é lero-lero. Pospor seu amadurecimento é só o que sabe fazer. Ele é incrédulo a tudo que não concorda, mas consegue ser indeclinável e, acredite, melódico. Sua vida é um quebra-cabeça, e ele vai ter que se contentar em montá-lo faltando uma peça: a peça do caráter.

Por Tokinho Carvalho em 26/08/11

Como nasceu?
Estava eu na casa do meu amigo agora pouco, quando vi um dicionário Luft e comecei a apontar palavras aleatoriamente. As palavras apontadas são as que estão em negrito no texto e aparecem no texto na ordem em que foram "escolhidas".

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Simplicidade e intimidade...


Foto por Thaisa Lima

Simples e íntima, foi assim a minha apresentação no último sábado (23) na Companhia Bella de Artes. Toda simplicidade e intimidade é por conta do formato que me apresentei: em voz e violão. Foi a primeira vez que fiz um show autoral sozinho no palco, e foi uma experiência bem legal. As minhas músicas são compostas assim, e isso é o que deu o caráter intimista ao show.

Foto por Thaisa Lima
Prender a atenção das pessoas à uma coisa que elas nunca viram na vida é sempre complicado. Mas o que eu senti foi que todos deram atenção ao que eu estava tocando e cantando. Uns mais, outros menos, mas deram. Quando faço esse tipo de show, dedicado exclusivamente ao meu trabalho autoral, costumo conversar com o público. Conto a história de cada música, o que me inspirou a compor, além de compartilhar coisas minhas pra tentar fazer elas rirem. Apesar de não ser um show de comédia, eu acho que o riso ajuda a quebrar o gelo e me deixar mais próximo do público que me assiste.

A única parte não autoral do show foi o momento em que eu toquei um trecho da música "Abismo de Rosas", de Américo Jacomino. Essa música tem uma história importantíssima na minha vida, pois foi a primeira que aprendi no violão. Meu pai, quando decidiu me ensinar a tocar, me ensinou ela do jeito que ele havia aprendido há muitos anos atrás. Tenho lembranças de quando a gente sentava na horta de casa e ele me ensinava trecho por trecho até que eu o deixasse feliz por ter aprendido a tocar a primeira parte. É uma música composta exclusivamente para violão. Muito bonita, se você que está lendo não conhece, eu recomendo.

Assim foi minha apresentação, espero que eu tenha conseguido passar um pouco da alegria que eu senti. Em breve, eu e a Poesia Concertante nos apresentaremos lá em um show que prometemos que será marcante, tanto pra nós quanto pra quem for assistir.

Marina de Andrade, presidente da Cia. Bella / Foto por Élvio
Muito obrigado a Flávia Granato, do Coral Lá di Minas, por ter confiado em mim para abrir a noite; ao Élvio, pelo esforço para deixar tudo certo com o som; Marina, presidente da Companhia Bella de Artes, por manter as portas sempre abertas ao meu trabalho; a Thaisa Lima e a Rejane Catão, por terem ido com toda boa vontade do mundo e me fotografarem e a todos que compareceram.

Confira dois vídeos que foram feitos da minha apresentação. As músicas são Rua da Ilusão e Parafernália.




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sorria, você está sendo filmado!

               

Desenlace
(Tokinho)

O sonho é real,
Depende do ponto de vista
O sucesso é banal,
Depende da obra do artista
O medo amedronta só quem se deixa amedrontar
E o silêncio só vai existir
Quando ninguém mais quiser cantar

O beijo acontece,
Depende da sua conversa
O tempo é curto,
Depende do tamanho da pressa
A calma resolve os problemas que podem esperar
E os acertos só vão ser possíveis
Enquanto houver chances de errar

Tudo depende de nós
E dos caminhos que escolhemos seguir
As escolhas que fazemos vão interferir
No desfecho da nossa história
No final feliz ou não

O abraço conforta,
Depende da sua pureza
A música acalma,
Depende da sua leveza
O amor alimenta até quem não sabe o que é amar
E o final de uma história
Só vai depender de como começar

Tudo depende de nós
E dos caminhos que escolhemos seguir
As escolhas que fazemos vão interferir
No desfecho da nossa história
No final feliz ou não


(Letra e música por Tokinho)

Foto por Jéssica Balbino
Bom, pessoal...essa é uma das minhas mais novas filhas, espero que tenham gostado. Como todo filho, escolher um nome é uma das partes mais difíceis, talvez até mais difícil do que parir (no caso, compor). Tinha batizado ela como "O Desfecho Dependente", mas achava que esse nome não soava bem. Enquanto eu não conseguisse um nome mais apresentável, deveria esperar um insight, uma ideia. A filmagem foi feita no sarau "Poesia de Ninguém", promovido pelo Coletivo Corrente Cultural - o mesmo que eu citei na postagem anterior. Eu não sabia que estava sendo filmado enquanto apresentava a canção para os presentes, mas a poeta e estudante de arquitetura Crys Marques tinha apertado o REC. Ela me mostrou o vídeo e durante a conversa eu comentei que não gostava do nome que eu tinha dado. Ela disse: "Essa música tem cara de...Desenlace". Procurei o significado exato da palavra e vi que ela era o mesmo que desfecho, final. Ou seja, se encaixou perfeitamente no que a música diz. Muito obrigado a Crys, pelo batizado da minha filhinha e pela filmagem, que ficou muito boa!

Quer conhecer o maravilhoso trabalho da Crys Marques? Clique aqui e visite o blog "Os Singulares".

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Canção Para a Vida

Fonte: Google Imagens

Sei que o amanhã chegará
De qualquer maneira
Como uma valsa a embalar
O que quer que seja
Faça-me o favor...

Dance, alcance o que quiser
Mesmo que contra a maré
Não se canse, encante a quem puder

Nunca seja irrelevante
Leve essa canção adiante
Mesmo que o mundo pare de cantar
Mesmo que a vida pare de encantar

Faça-me o favor...

(Letra e música por Tokinho e Júnior Veiga)

Como nasceu?
A música foi escrita ontem no final da tarde e parceria com o meu amigo e ex companheiro de banda, Júnior Veiga. Juntos, formávamos a LP 75, minha primeira banda que me ensinou muito do que sei hoje. Nos reunimos para trocar músicas e ideias antes de ir para o sarau "Poesia De Ninguém", promovido pelo Coletivo Corrente Cultural. Acorde vai, acorde vem resolvemos tentar escrever uma música juntos. Assim, de uma hora pra outra. Ele inventou uma harmonia e começamos a criar frases até terminarmos a música. Achei o resultado bem legal, fizemos coisas legais com as vozes, alternando e sobrepondo-as em certos trechos. A letra refere-se a vida como se fosse uma dança, uma canção. O arranjo inicial da música é para violão e escaleta, que é executada por mim. Tocamos ela no sarau e, pelo jeito, o pessoal gostou. Em breve vou tentar disponibilizar o áudio da música aqui no blog para vocês ouvirem, okay? Enquanto isso, comentem o que acharam da letra.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Confissão

Fonte: Google Imagens

Não quero ter a minha inspiração presa entre quatro paredes.
Nem sorrir aonde não me sinto em paz,
Muito menos chorar onde não me sinto triste.

Quero recriar boas lembranças,
E vivê-las como se fossem presentes.
Feito um papel em branco a ser preenchido

Talvez o céu reflita o que eu preciso:
Um sorriso, ou um abraço sincero.


Escrito por Tokinho e Adriano Mota "Drico" em 5/7/11.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Tempo e as Coisas


Fonte: Google
O tempo passa e as coisas mudam. Pra melhor ou pra pior, mas sempre mudam. Mudanças nem sempre visíveis, mas sempre existentes.
Os problemas nem sempre fazem o mesmo mal.
O discurso de um muda na medida em que se altera o do outro.
O amor oscila a intensidade, dependendo de quem será amado.
O sorriso, os sonhos, as pessoas, as cores, os beijos, tudo.
O tempo que temos também diminui, por isso é bom nos apressarmos, antes que o tempo acabe.

Quer ouvir e baixar este escrito? Clique aqui!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quarto 312

http://farm4.static.flickr.com/3425/3234420195_3ff3ffe4d5_b.jpg
O branco predomina nas roupas e nas almas.
O medo de agulha é inevitável. Da morte também, em comuns casos.
A dor caminha invisível pelos corredores.
A cama deixa de ser só uma cama para se tornar um lar temporário.
O medo passa a ser tão normal quanto uma injeção.
Tristeza é rotina, até para os que não são tristes.
Emergência é carinho, companhia. Seu estado melhora muito quanto se tem as duas coisas.
Roana Mello, Raquel Vilela, Adriano Mota, Dryka, Tiago Bencice, Carla Guedes, Natália Orcel, Tetê Nassif, Raquel Zétula, Jéssica Borges e Bianca Sirigati colaboraram para a criação deste escrito, sugerindo as palavras em destaque via MSN.

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Enxergar tudo que é invisivel" (...)

A última sexta feira (10/06) foi um dos dias mais especiais da minha vida desde que me iniciei na música há pouco mais de oito anos. Por quê? Calma já vou explicar.

Fui convidado pela cantora poçoscaldense Flávia Granato, que também é minha amiga, para visitar seus alunos de coral na AADV (Associação de Apoio ao Deficiente Visual). Fiquei orgulhoso demais pelo convite, mas também muito nervoso. Era uma situação nova pra mim e eu não sabia se ia conter as lágrimas com tanta emoção de uma vez só.

Chegando lá, antes de encontrá-los, conheci as dependências da instituição, que diga-se de passagem tem uma infra-estrutura maravilhosa, alem de desenvolverem um trabalho com muita seriedade, amor e carinho com os portadores de deficiência visual.

O momento de entrar na sala para o tão esperado encontro chegou e eu estava muito nervoso. Entrei na sala, todos sentaram-se em círculo e se apresentaram, um por um. Apertei forte a mão de cada um para que eles sentissem a minha felicidade em estar ali.

Comecei o bate papo falando um pouco sobre como se iniciou a minha relação com a música e o que ela representa pra mim hoje em dia como meu trabalho. Logo depois, toquei Perguntas, uma das primeiras músicas que eu escrevi. Eles ouviram, aplaudiram e disseram ter gostado bastante. Obviamente isso me encheu o ego e a alma.

Tive a honra de vê-los cantar lindamente canções clássicas como "Tiro ao Álváro", do mestre Adoniran Barbosa. Sempre admirei corais, pela técnica envolvida na divisão de vozes, mas esse foi especial. Todos cantavam em uma empolgação, um prazer. Nem pareciam ter os problemas que têm.  

O momento mais marcante desse encontro na minha opinião foi quando eu toquei Indecifrável, também de minha autoria. Quando cantei o refrão, uma das alunas começou a chorar e, ao final da música, ela disse que chorou por quê o trecho a tocou de uma forma muito intensa. Naquele momento meus olhos se encheram d'agua mas consegui conter o choro.

Além das minhas músicas, cantei alguns clássicos, como a canção "Como é Grande o Meu Amor Por Você", do rei Roberto Carlos, que foi cantada em coro por todos; "Codinome Beija-Flor", de Cazuza, que foi um pedido de uma das alunas; "Lanterna dos Afogados", dos Paralamas e a bela "What a Wonderful World", consagrada na voz inconfundível de Louis Armstrong. Aliás, quando fui explicar o porque de ter escolhido tocar a última música, não consegui segurar e chorei um pouco.

Assim foi a minha primeira (de muitas, espero) visita à AADV. Um dia que me apresentou a pessoas que enxergam a vida com o coração, de maneira linda.

Muito obrigado Flávia Granato, toda equipe da instituição e, principalmente, aos alunos que me receberam tão bem, de maneira tão acolhedora e sincera. Espero poder voltar em breve e me emocionar de novo com vocês todos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Arteiros artistas

Fonte: Google


Crianças que fazem arte são chamadas arteiras.
Crescem e podem ser artistas.

A arte está em nós, resta a cada um mantê-la em si.

Eu fui arteiro,
hoje me considero artista.

por @_tokinho em 16/05/11

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Palavrinhas importantes

Vergonha: muita gente sente,
outros não têm.

Dignidade: todo mundo só tem uma
que, se ferida, nunca mais cicatriza. E ferem.

Cara: uns têm só uma,
outros têm duas, três, ou até mais...

Agora responda pra si mesmo: alguém que tem não tem vergonha em nenhuma das caras e ainda machuca sua própria dignidade merece respeito?

A minha resposta?
NÃO!

por tokinho em 16/05/11

domingo, 8 de maio de 2011

Palavras suas que são minhas #5


Essa mulher é única.
Aquela lasanha de domingo, família reunida...
Tudo o que você vive só é possível graças a ela.
Quando a lembrança e as saudades são o único refúgio,
predomina o encanto por tudo aquilo que ela já fez.
Ela, que foi consagrada com o dom da existência
pode se resumir em uma palavra: amor.
É companheira por todos os caminhos
e amiga independente dos seus atos.
Temos a maravilhosa oportunidade
de abraçá-la milhões de vezes na vida
e muitos de nós mal fazemos isso.
Essa mulher é essencial.
É o apoio mais firme que temos,
a palavra insubstituível, o afago mais confortante.
Essa mulher nós chamamos de mãe.

Como nasceu?
Nasceu da vontade de homenagear as mães. As presentes, as ausentes, as de primeira viagem e as já experientes. Pedi via Facebook que as pessoas definissem mãe em uma palavra. Quinze palavras entraram no escrito, consequentemente a mesma quantidade em pessoas colaboraram. Algumas palavras não entraram, mas obrigado mesmo assim a todos que colaboraram e fizeram possível mais esse texto colaborativo.

Palavras sugeridas via Facebook na ordem em que aparecem destacadas por: PC Belchior, Rowilson Araújo, Thaís Helena, Grace Costa, Lara Marx, Faustinho Gomes, Lívia Motta, Paam Andrade', Flaávia Ribeeiro, Francesco Oliveira, Pri Paiva, Juliana Akstein Incrocci, Carol Sandi, Roana Mello e Fernanda Fonseca.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Palavras suas que são minhas #4

Fonte: Google Imagens

Existir é agir com coerência,
estar preparado para surpresas nem sempre boas.
É buscar força quando ela lhe falta.
Seja em Deus ou em outros deuses.
O que importa é que haja respeito,
pois viver é respeitar.
É se deixar dominar pelo amor,
aquele que não tem prazo de validade.
É ver cores quentes onde só existem as frias,
deixar que a pulsação aumente em certos casos.
Viver também é fazer da vida um circo,
Afinal a felicidade é combustível para a alma.
É provar pra si mesmo que renascer
é algo tão normal quanto nascer para os fortes.
Ter filhos, seres que continuarão seu legado.
É ver na música a possibilidade de mudar.
É enxergar poesia em tudo, na luta e na ilusão...

Como nasceu?
"Quando eu falo VIDA, o que te vem na cabeça? Responda com uma palavra." Essa foi a pergunta que norteou a criação deste poema. Perguntei via Facebook e 20 pessoas colaboraram para que mais um escrito nascesse de forma colaborativa.

As palavras deste escrito foram sugeridas nesta ordem por: Tiago Félix, Elaine Franchi, Paola Bueno Vilela, Laís Barbosa, Roana Mello, Francesco Oliveira, Kaynan Reis, Gabriel Pereira Ribeiro, Natália Orcel, Natássia Meirelles, Thamara Poscidônio, Ramon Barbosa, Faustinho Gomes, Grace Costa, Mariele Akstein, William Marcondes, Renan Moreira, Yasmin Souza, Dryka Zy Nha, Luciana Ventura.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Palavras suas que são minhas #3

Foto por Freddy hp
Ele tem saudades do tempo que a era pura e queria viver em um socialismo sem utopias. Sente tristeza quando percebe que querer um mundo mais justo é um sonho obsoleto demais. A vida hoje se resume em pensar somente no próprio bem, a paz interior é o que mais importa. Basta estar em harmonia somente com o próprio universo e tudo certo.

A música que causa nele inquietação é a mesma que aflora o amor, daquele que, como a fé, pode mover montanhas e faz passar a mais forte enxaqueca pelo simples fato de ser sincero e verdadeiro. Essa mesma música dá vontade de deitar debaixo de uma árvore, num chão cheio de folhas secas e ficar lá pensando na vida e esquecer de tudo aquilo que é essencial pra maioria: sexo, dinheiro e tantas outras coisas. Para a mesma  maioria  um momento assim seria um tanto quanto sem sal, mas a poesia de Chico Buarque que entra pela orelha do José vai na alma e lhe dá força pra viver e por alguns minutos o faz pensar que a vida são só flores...

Dá pra contar nos dedos (das duas mãos, talvez) os “Josés” que são assim. São tantas vidas, tantas flores e poucas sem espinho.

por tokinho carvalho em 04/05/11 às 14:35

Como nasceu?
Esse texto foi escrito a partir de palavras sugeridas através do Facebook por 20 pessoas diferentes. Comecei a escrever dessa forma e acabei me apaixonando por isso. Cada escrito acaba sendo um desafio e tanto pois eu nunca sei que palavras as pessoas vão sugerir e eu não tenho só que sair escrevendo, quero que aquilo que eu escrever tenha algum sentido. Criei uma série chamada palavras suas que são minhas, onde todas as obras seguem o mesmo processo de criação colaborativa

As palavras deste escrito foram sugeridas na ordem em que aparecem destacadas por: Cris Maziero, Natália Orcel, Tiago Felix, Denis Andrade, Victor Coelho, Paam Andrade', Dryka Zy Nha, Mariele Akstein, Lalinha Marques, Nathalia Carvalho, Rodrigo Augusto, Pri Paiva, Teresa Oliveira, Natássia Meirelles, Raquel Stella Marques, Faustinho Gomes, Leonardo Zaneti, Aniska Skarock (Matheus Leite), Thaís Helena, Keture Cava, Tiago Antonioni, Maria Luiza Cincoetti e Grace Costa.

sábado, 30 de abril de 2011

Palavras soltas

Fonte: http://ruannluccas.zip.net/images/miseria.jpg
As pernas que sustentam
os corpos dos miseráveis
mal tem poder de movê-los.

Caixas e mais caixas de remédio
criam a sensação de que é mais fácil.
Imagens de santos também, para os que tem fé.

Mas falta também voz pra rezar
e assunto pra reclamar com Deus...

por tokinho carvalho em 28/04 às 22:15

Como nasceu?
O poema acima nasceu durante uma aula de Geometria no cursinho pré-vestibular da Educafro, anteontem. Eu tinha uma apostila de gramática em mãos e comecei a ler, já que estava um pouco desinteressado no que o professor estava falando. As palavras em destaque foram escolhidas aleatoriamente (sim, eu fechava os olhos, apontava uma e anotava no caderno) nesta ordem, e em cima delas eu criei este poema. Estou gostando bastante dessa forma de escrever poesia, sempre é um desafio. Quem tem acompanhado o blog viu que lancei uma "série" de poemas escritos dessa maneira, com a diferença que as palavras são dadas por amigos, via MSN.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Palavras suas que são minhas #2

Foto por Maha Suliman
O céu é cinza e turvo,
como a água de um rio sujo.
E a solidão é minha única companhia.

O jeito é extrapolar, deixar de agir assim
como se estivesse enquadrado numa moldura velha.
Descubra o que o meu olhar frio mantém escondido,
aquilo que ninguém jamais viu.

Hipocrisia? Talvez.
Quem nunca forjou nada pra vencer
que atire a primeira pedra.

Outrora fui assim,
Hoje prefiro sorrir.

Palavras sugeridas (via MSN) na ordem que aparecem destacadas por: Vanessa Azevedo, Damiana, Mariana Martins, Amanda Oliveira, Matheus Siqueira, Leko Machado, Sofia Inguagiatto, Larissa Duarte, Jessica Borges, Fernanda Dearo, Guto, Roberta Mucknika.
 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Palavras suas que são minhas

Fonte: Getty Images
A paz que eu quero
É a mesma que você quer:
Aquela que sonha o amedrontado,
Que sente saudade
e acredita na palavra alheia.

A palavra que eu quero é a verdade
Que vem me avisar
Quando há traição,
quando falta lealdade...

Quero também a felicidade
Igual a que existe em cima da calçada
Com as crianças
Que sorriem e brincam...sempre.

Palavras sugeridas (via MSN) na ordem em que aparecem destacadas por: Mariele, Mariana, Gabriel Pereira, Natália Orcel, Paula Dore, Maria Luiza Cincoetti, Lalinha Marques, Jéssica Ranieri, Felipe Campos, Fabíola Duarte, Miny Colares, Jéssica Borges.


AMANDO, AMADOS, AMAREMOS: AMOR

Fonte: Getty Images
Nós, em constante metamorfose
seremos sempre os mesmos,
reclamando o que temos
e sempre querendo mais.

Programados ou não,
sempre seremos conscientes
que o clamor nem sempre será útil.
Sofreremos por clamar.
É necessário.

Chamaremos várias pessoas
pra suprir a carência, pra desabafar.
E seguiremos mudando
de opinião, de clamores.

por tokinho carvalho,
dia 20/04/11 as 12:30

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Música Imortal

Foto de Marcel Andrioli (clique para acessar o Flickr)

Minha vida é música,
de harmonia complexa.
Vira música instrumental
quando me somem as palavras,
mas sempre soam notas, acordes.

Dissona as vezes, mas não pára.
Com ou sem platéia.

É jazz, o improviso sempre me agradou;
Blues, deposito sentimento em tudo;
É rap, a verdade nua e crua;
É pop quando acho que tem que ser, mas não está a venda.

Aqui não tem espaço pra teoria.
O que sempre vai importar
É a prática.

Quero o sofrimento em semifusas
e alegrias em semibreve.

Acordes menores nem sempre serão lágrimas
E os maiores, nem sempre sorrisos.

Aos que querem tocar junto comigo,
um aviso: não vai ser fácil.
Eu não sei o tom.

Toco enquanto o coração reger.
Quando ele se cansa
a música vira silêncio.

O silêncio também é música,
logo, sou imortal.

por tokinho carvalho
18/04/2011 as 15:11

quinta-feira, 31 de março de 2011

Descaso, boas lembranças e...ruínas!

Visão geral do parquinho, por Tokinho Carvalho
Que saudade daquele tempo que eu implorava pra minha mãe me levar no parquinho do bairro onde eu cresci e até hoje moro: Estância São José. Lá eu cultivei muitas amizades que até hoje fazem parte da minha vida. Entre castelinhos de areia e hematomas causados pelas quedas dos balanços e gangorras, o que sobrou foi a lembrança. A Tia Cida - que cuidou durante muito tempo do parque - se sentiria orgulhosa se pudesse ver tudo isso funcionando ainda.

É triste imaginar que as crianças que vivem no bairro hoje, provavelmente não terão a mesma história pra contar daqui a alguns anos. Porque? Simplesmente por que o nosso querido parquinho é só uma ruína cheia de lembranças - e lixo. Os filhos de algumas pessoas que passaram parte da sua infância lá brincando não podem ir no parque do bairro por que ele não tem condições de uso. Irônico, né?

Lixo, lixo e mais lixo...
O fato é que que as crianças que moram nesse importante bairro da zona leste de Poços de Caldas precisam viver bons momentos e ter boas lembranças desse parquinho no futuro, pois o lazer  e a recreação é um direito garantido a elas, segundo a 7ª Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que "a criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades recreativas (...)"
Os animais agradecem o grande banheiro "dado" a eles.

É visível e inquestionável a necessidade de uma reforma geral nesse espaço que deveria ser dedicado à criança e a formação dela como pessoa e cidadã. Hoje o espaço só serve para acumular ferrugem, entulho e dejetos de animais. Se uma criança resolve, em sua ingenuidade, brincar no que sobrou dos brinquedos e se machuca gravemente, quem vamos culpar? Os pais ou as autoridades responsáveis por manter o espaço em condições de uso.

Entendo que a responsabilidade da preservação do patrimônio também é dos usuários, mas em um caso onde o tempo deteriorou os equipamentos e ninguém providenciou melhorias, o abandono e depreciação - natural ou não - têm grandes possibilidades de serem uma constante.

Em nome dos moradores do bairro, torno pública a insatisfação quanto à situação do parque e peço encarecidamente por melhorias. Temos o direito de ter um espaço adequado para que as crianças brinquem tranquilas exerçam seu direito.

Para quem se interessar em apoiar a nossa indignação, clique aqui e assine o abaixo-assinado online que eu criei e posteriormente será encaminhado para a Secretaria do Governo de Poços de Caldas.



Ah, e se as fotos não foram suficientes para você enxergar a situação do parquinho, assista o vídeo abaixo:

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Bloco da Tristeza passou...

por agenciafotografia
Nem só de momentos bons vivem os carnavais pelo Brasil afora, infelizmente. Ontem a região aqui do Sul de Minas Gerais foi surpreendida com uma tragédia que abalou a nós e a todo país, que acompanhou pela televisão essa bárbara e desoladora notícia.

Todo mundo na folia, sorrindo e de repente,  na ingenuidade, alguém atira uma serpentina metalizada que atinge um fio de média tensão e, em 15 segundos, todos os sorrisos se transformam em gritos de desespero, lágrimas e mortes.

17 mortos confirmados e aproximadamente 50 feridos. Lamentável, números que não precisariam existir. Mas vamos reclamar com quem? Com Deus? Não, não adianta. Apesar da certeza da morte que todos temos, a forma com que ela acontecerá não podemos prever.

Que as pessoas que sofrem agora com a perda dos que se foram tão cedo encontrem forças para continuar a viver e, quem sabe, sorrirem de novo em outros carnavais. Mudar o que aconteceu é algo que não temos o poder de fazer, o que está ao meu alcance é tornar pública a minha indignação com a vida, que se transforma em morte assim, tão rápido. Felizmente, ninguém que eu conheço sofreu as consequências deste acidente, mas quando as proporções de uma tragédia chegam a tal ponto, é como se tivessemos perdido pessoas conhecidas.

As cidades de Bandeira do Sul, Botelhos, Caldas, Poços de Caldas, Poço Fundo e Campestre assistiram a lamentável passagem do Bloco da Tristeza, que deixou de lado a folia e trouxe o luto dos que sofreram direta e indiretamente com a tragédia.

Não podemos nos esquecer também das pessoas que, de alguma forma, contribuiram para que as proporções dessa tragédia não fossem ainda maiores. Obrigado a todos os orgãos ligados as áreas de saúde e segurança pública (SAMU, Polícia Militar, Defesa Civil, Hospitais, etc.).

Um pedido a você, vida: não me dê notícias e acontecimentos como este no meu próximo aniversário. O Carnaval vem aí! Com o amargo gosto do luto