quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Tempo e as Coisas


Fonte: Google
O tempo passa e as coisas mudam. Pra melhor ou pra pior, mas sempre mudam. Mudanças nem sempre visíveis, mas sempre existentes.
Os problemas nem sempre fazem o mesmo mal.
O discurso de um muda na medida em que se altera o do outro.
O amor oscila a intensidade, dependendo de quem será amado.
O sorriso, os sonhos, as pessoas, as cores, os beijos, tudo.
O tempo que temos também diminui, por isso é bom nos apressarmos, antes que o tempo acabe.

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Quarto 312

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O branco predomina nas roupas e nas almas.
O medo de agulha é inevitável. Da morte também, em comuns casos.
A dor caminha invisível pelos corredores.
A cama deixa de ser só uma cama para se tornar um lar temporário.
O medo passa a ser tão normal quanto uma injeção.
Tristeza é rotina, até para os que não são tristes.
Emergência é carinho, companhia. Seu estado melhora muito quanto se tem as duas coisas.
Roana Mello, Raquel Vilela, Adriano Mota, Dryka, Tiago Bencice, Carla Guedes, Natália Orcel, Tetê Nassif, Raquel Zétula, Jéssica Borges e Bianca Sirigati colaboraram para a criação deste escrito, sugerindo as palavras em destaque via MSN.

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Enxergar tudo que é invisivel" (...)

A última sexta feira (10/06) foi um dos dias mais especiais da minha vida desde que me iniciei na música há pouco mais de oito anos. Por quê? Calma já vou explicar.

Fui convidado pela cantora poçoscaldense Flávia Granato, que também é minha amiga, para visitar seus alunos de coral na AADV (Associação de Apoio ao Deficiente Visual). Fiquei orgulhoso demais pelo convite, mas também muito nervoso. Era uma situação nova pra mim e eu não sabia se ia conter as lágrimas com tanta emoção de uma vez só.

Chegando lá, antes de encontrá-los, conheci as dependências da instituição, que diga-se de passagem tem uma infra-estrutura maravilhosa, alem de desenvolverem um trabalho com muita seriedade, amor e carinho com os portadores de deficiência visual.

O momento de entrar na sala para o tão esperado encontro chegou e eu estava muito nervoso. Entrei na sala, todos sentaram-se em círculo e se apresentaram, um por um. Apertei forte a mão de cada um para que eles sentissem a minha felicidade em estar ali.

Comecei o bate papo falando um pouco sobre como se iniciou a minha relação com a música e o que ela representa pra mim hoje em dia como meu trabalho. Logo depois, toquei Perguntas, uma das primeiras músicas que eu escrevi. Eles ouviram, aplaudiram e disseram ter gostado bastante. Obviamente isso me encheu o ego e a alma.

Tive a honra de vê-los cantar lindamente canções clássicas como "Tiro ao Álváro", do mestre Adoniran Barbosa. Sempre admirei corais, pela técnica envolvida na divisão de vozes, mas esse foi especial. Todos cantavam em uma empolgação, um prazer. Nem pareciam ter os problemas que têm.  

O momento mais marcante desse encontro na minha opinião foi quando eu toquei Indecifrável, também de minha autoria. Quando cantei o refrão, uma das alunas começou a chorar e, ao final da música, ela disse que chorou por quê o trecho a tocou de uma forma muito intensa. Naquele momento meus olhos se encheram d'agua mas consegui conter o choro.

Além das minhas músicas, cantei alguns clássicos, como a canção "Como é Grande o Meu Amor Por Você", do rei Roberto Carlos, que foi cantada em coro por todos; "Codinome Beija-Flor", de Cazuza, que foi um pedido de uma das alunas; "Lanterna dos Afogados", dos Paralamas e a bela "What a Wonderful World", consagrada na voz inconfundível de Louis Armstrong. Aliás, quando fui explicar o porque de ter escolhido tocar a última música, não consegui segurar e chorei um pouco.

Assim foi a minha primeira (de muitas, espero) visita à AADV. Um dia que me apresentou a pessoas que enxergam a vida com o coração, de maneira linda.

Muito obrigado Flávia Granato, toda equipe da instituição e, principalmente, aos alunos que me receberam tão bem, de maneira tão acolhedora e sincera. Espero poder voltar em breve e me emocionar de novo com vocês todos.